Nesta segunda-feira, 22, cerca de 96 mil belo-horizontinos foram afetados com a greve dos motoristas de ônibus, que teve início nas primeiras horas da manhã. Milhares de passageiros aguardavam em pontos de ônibus, que, quando passavam, rapidamente ficavam lotados. O metrô foi a principal alternativa para quem estava próximo à estação.
Segundo o presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) determinava que, no mínimo, 60% da frota estivesse em funcionamento durante a greve. O que foi descumprido em todas as estações de ônibus. Ele disse que a empresa vai acionar a justiça para garantir a circulação exigida até o final do dia. A multa diária é de R$ 50 mil.
O último balanço realizado pela BHTrans apontou que, até as 11h, foram realizadas apenas 55% das viagens programadas. As estações Barreiro e Diamante permaneceram sem circulação de ônibus.
Para Prosdocimi, o foco da discussão envolve empresas, trabaladores e a Justiça do Trabalho. “Por enquanto, a BHTrans segue no trabalho de monitoramento para fazer com que a volta para casa seja mais tranquila em BH".
O sindicato dos trabalhadores está reivindicando reajuste salarial de 9%, retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre. Por sua vez, as empresas de ônibus alegam que estão passando por uma crise “sem precedentes” e que solicitaram judicialmente um reajuste da tarifa de ônibus na capital.
Na última sexta-feira, o prefeito Alexandre Kalil afirmou que não haverá aumento da passagem no final deste ano. O último ocorreu em 2018, quando o preço da passagem passou a custar R$4,50.
Na audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira, no TRT, não houve nenhum acordo entre as partes, ou seja, a greve continua. Outra reunião será realizada na terça-feira (23).
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