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Quando falamos de dívidas, o sentimento inicial é quase sempre negativo. Mas você sabia que nem todas as dívidas são ruins? A verdade é que, assim como existem decisões que podem nos afundar em problemas financeiros, também existem aquelas que podem nos alavancar para um futuro melhor.
Dívidas Boas: Alavancagem com Consciência
“Dívidas boas” são aquelas feitas de maneira planejada, com o objetivo de gerar mais valor ou melhorar sua qualidade de vida. Elas são controladas e, principalmente, cabem no seu orçamento. Por exemplo:
Educação: Investir em conhecimento, seja em uma faculdade, curso técnico ou especialização, pode trazer retornos profissionais no longo prazo.
Capital de giro: Para quem tem um pequeno negócio, contrair uma dívida para melhorar a estrutura ou expandir as operações pode ser uma estratégia que potencialize o crescimento.
Nessas situações, o endividamento é usado como uma ferramenta para melhorar sua vida ou aumentar seu patrimônio. O importante é sempre garantir que as parcelas estejam dentro do seu planejamento financeiro, sem comprometer o essencial e a realização de seus sonhos.
Dívidas Ruins: O Caminho para o Descontrole
Por outro lado, temos as dívidas ruins, que surgem principalmente pela falta de controle financeiro. Elas aparecem quando gastamos mais do que podemos ou usamos o crédito para antecipar um desejo que não cabe no orçamento. Exemplos comuns incluem:
Rotativo do cartão de crédito: Essa é uma das piores armadilhas. Os juros exorbitantes do rotativo podem transformar uma compra pequena em uma bola de neve.
Cheque especial: Muitas vezes visto como uma "ajuda" em momentos de aperto, o cheque especial pode acabar agravando a situação financeira devido aos seus altos juros.
Antecipação de sonhos: Comprar um carro de luxo ou fazer aquela viagem dos sonhos sem ter o dinheiro à vista pode gerar uma dívida que foge do controle. Quando isso acontece, o que era para ser uma conquista vira uma dor de cabeça.
Enxergue a Situação e Organize Suas Finanças
O primeiro passo para sair de uma situação de endividamento ou evitar cair nela é entender onde você está. Faça um levantamento de todas as suas dívidas: quanto deve, para quem, e quanto isso custa em juros. Assim, você poderá traçar um plano de ação para quitar as dívidas ruins e reorganizar seu orçamento.
Se a sua situação financeira está no limite, é fundamental agir rapidamente. Busque negociar as dívidas, reduza gastos supérfluos e evite novas dívidas desnecessárias. Quanto mais cedo você resolver, menores serão os prejuízos no futuro. Lembre-se sempre: o dinheiro é um meio, não um fim. Ele deve ser usado para facilitar a realização dos seus sonhos, mas com responsabilidade e controle.
Lucas Gervásio
Educador Financeiro
Instagram: @lucas.ag
E-mail: lucasag.enq@gmail.com
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